quarta-feira, 18 de maio de 2011

O PREÇO DA CIDADANIA

          Forasteiro. Palavra que abomino, própria de numa sociedade provinciana. Morador de Nova Russas há mais de 50 anos Pe. Maurício, como poucos novarrussenses natos, ama esta terra.
           Aos oitenta anos, sem qualquer outro interesse que não o bem dessa terra Pe. Maurício tem enfrentado as mais árduas lutas desde que aqui chegou ainda jovem.
          Tudo na vida tem um preço, dizem os mais experientes. Às vezes este preço é muito alto. É o que está pagando Pe. Maurício por ter lutado contra poderosos do meio político, como fica evidente no episódio ocorrido ontem.
          Após voltar para casa, depois de um jantar na casa de um casal amigo, seu acompanhante e não motorista porque é assim que ele o trata, que havia saído para pegar a esposa, retorna apavorado pedindo que o Pe. adentrasse à casa pois estava correndo perigo de ser morto. Contou o mesmo que foi seguido por um carro preto de placa aparentemente do Maranhão, pois não conseguir ler a cidade, mas somente MA, por algum tempo tendo em seguida emparelhado com ele, quando o mesmo teve a ideia de abrir os vidros para mostrar que o Padre não estava com ele. Segundo o mesmo  nesta hora o motorista do carro arrancou em disparada deixando-o para trás.
          Para quem não conhece Nova Russas pode parecer um equívoco, mas quem sabe com quem lidamos, é melhor colocar a barba de molho porque ameaças podem ser cumpridas.



.

Um comentário:

  1. Caro Areton,quero,através do seu Blog, prestar solidariedade ao Padre Maurício,que,como eu e você,teve a coragem de combater a corrupção implantada em Nova Russas pelo Prefeito,agora afastado e preso, Marcos Alberto Martins Torres, e já sofreu , como nós dois também sofremos,retaliações,processos,e agora é vítima desta possível tentativa de atentado.
    Quero também agradecê-lo pela referência que faz ao combate do termo "forasteiro".
    Como todos sabem não sou novarussense.Sou natural de Santa Quitéria e me sinto constrangido a cada vez que vejo um novarussense utilizando este termo para se referir aos que,como eu,não tiveram o privilégio de nascer nesta terra.
    Gostaria de sugerir que se fizesse uma reflexão sobre isso,pois não é a naturalidade que determina o caráter e a personalidade de uma pessoa e o trigo não pode receber o mesmo tratamento do joio. Além do mais há pessoas,como eu,o Padre Maurício e tantas outras que aqui vivem e lutam pelo bem desta terra e do seu povo, que , em razão de sua luta permanente por uma Sociedade mais Justa,devem ser consideradas como Cidadãs do Mundo.
    Obrigado pelo espaço. Abraços de João Gomes

    ResponderExcluir